Xibolete é a forma em português da palavra hebraica שִׁבֹּלֶת, que significa a parte de uma gramínea cultivada que contém grãos. A Bíblia conta que a palavra fora utilizada para distinguir os falantes nativos de uma língua daqueles que a aprenderam depois de sua língua mãe, por uma dificuldade na pronúncia. Está relacionada, portanto, ao linguajar do cotidiano agrícola em uma língua morta há milhares de anos, a como os seres humanos utilizam a linguagem, e também ao tribalismo e à disputa.
Esta plataforma, com este nome, não está interessada em tribalismo, mas em superar barreiras linguísticas com a arte da tradução e da produção textual, independentemente das dificuldades. Valoriza a disputa intelectual, quando esta nos aproxima da verdade ou, ao menos, de uma maior plausibilidade. Xibolete favorece o pensamento bem argumentado, as crenças justificadas, e a liberdade de pensar e desafiar tabus. Como o grão de xibolete que tornou possível o assentamento e o enriquecimento da liberdade humana após a subsistência nômade, Xibolete deseja enriquecer o livre mercado de ideias, especialmente no mundo lusófono, com produtos intelectuais que sustentem e perdurem. Não tem paciência para censura e não tem medo de controvérsia.
Xibolete foi criado por Eli Vieira em 2015, quando ele era aluno de pós-graduação em Genética na Universidade de Cambridge, no Reino Unido. Ele se deparava frequentemente com produções que provocavam o sentimento de “eu gostaria que isto pudesse ser lido em português, gostaria que meus amigos e familiares também soubessem disto”. Assim, Xibolete começou para saciar essa vontade. Este é o nosso time atualmente:
Eli Vieira – Editor-chefe
Ágata Cahill – Editora sênior
Larissa Souza – Editora sênior
E dezenas de colaboradores.
Todo o trabalho realizado para Xibolete é voluntário e todos os frutos do nosso trabalho são gratuitos.